25 novembro, 2006

Será o fim do jornalismo?

As novas tendências mundiais no mercado da comunicação mudam o velho conceito tradicional de que o jornalista é quem sabe de tudo, é o profissional que detém todo o conhecimento que será repassado à população. No texto Modernidade líquida, comunicação concentrada, do jornalista Caio Túlio Costa, essa afirmação da crise na comunicação fica clara.

Caio mostra as cinco preocupações do jornalismo quanto a essas mudanças baseadas, por exemplo, na queda na circulação dos jornais e revistas, nas novas formas de distribuição de mídia, como a rede de computadores, laptops, palmotps, celulares e toda a disseminação da tecnologia digital, que toma conta desse espaço de informação.

Os diversos modelos de jornalismo existentes acirram a concorrência e levam a informação ao caminho da agilidade, do que é mais barato, da velocidade. A apuração mais afunda e mais detalhada, como uma grande reportagem, por exemplo, não tem mais tanto espaço nos grandes veículos de comunicação. Os consumidores de notícias estão atentos à essa revolução na mídia, proporcionada pela evolução da tecnologia.

Com isso, o partidarismo e a tentativa de manipulação e participação na elaboração das notícias ficam cada vez mais exagerados. Fazendo com que a credibilidade da imprensa regrida perante aos leitores, telespectadores e ouvintes. O papel do jornalista corre o risco de diminuir devido à manipulação das fontes.

Seja qual for a mídia, o mercado da comunicação precisa ser mais transparente, abaixar a guarda e abrir espaço para a interação. Essa é a nova tendência que atinge o público e consegue manter-se presente na vida da sociedade. A interatividade da realidade digital proporcionada pelos blogs, por sites e até mesmo pelos jornais populares prova que o mercado mudou junto com a opinião das pessoas.

Ou seja, os veículos tradicionais que insistem na manutenção da produção arcaica do jornalismo vão quebrar. Pesquisas apontam que em 2040 não existirá mais jornais impressos nesse formato de hoje, pois os jovens não os lêem. Esses jovens fazem parte do futuro e, portanto são e devem ser a prioridade nos próximos segundos para quem deseja manter o jornalismo vivo. Além disso, a era jornalística romântica e tradicional está se aposentando.

O momento é importante para que os veículos de comunicação de todo o mundo pense na transição e mudança que o mercado impõe às mídias ditas informativas. Caio afirma que o jornalismo ficou mais rápido, inexato e barato. Jorge Guimarães, locutor e blogueiro, já citava em 2005 os desafios que a mudança tecnológica batia na porta dos veículos de comunicação. Em seu blog assuntos sobre o problema dessa migração do jornalismo para o meio digital. “A rádio está a sofrer uma revolução que vai alterar a forma como é emitida, como é escutada e como é feita. A passagem do analógico para o digital é um passo inevitável, e a rádio terá de saber adaptar-se aos novos desafios que se lhe apresentam”.

Debates e congressos sobre o jornalismo digital, por exemplo, são cada vez mais correntes. Suzana Barbosa, jornalista e investigadora das novas tendências do jornalismo, afirmou que “estamos diante de um cenário de dupla via onde, por um lado estão as remediações e, por outro, as rupturas: na estruturação e organização das informações; nos sistemas/rotinas de produção; e, na apresentação”. Para concluir, também mencionou a definição de Resolução Semântica da autoria de António Fidalgo. “A pluralidade e a diversidade das notícias on-line sobre um evento aumenta a informação sobre o mesmo, aumentando assim a Resolução Semântica”.

Portanto, o jornalismo participativo é a grande mudança no quadro comunicativo. Os leitores ligam para as redações, sugerem pautas, querem participar e querem se ver. Os internautas escrevem suas opiniões nos blogs, é o caso do individualismo conquistando seu espaço. Os Telespectadores também interagem com a redação das TV´s e os ouvintes, das rádios. A verdade é que notícias vindas apenas dos jornalistas não são mais garantia de credibilidade. O jornalismo precisa se adequar à modernidade que toda essa tecnologia proporciona ao mundo das informações.

07 novembro, 2006

Engarrafamento é o principal motivo dos aterros

Para se fazer um aterro numa cidade não basta apenas entregar um Estudo de Impacto Ambiental (EIA). O motivo do empreendimento precisa ser em prol do benefício público. Geralmente são feitos aterros viários, pois o principal problema da Ilha, por exemplo, é a falta de espaço para o tráfego de carros.

A decisão da criação de aterros é unânime e realizada por apelo público, informa o secretário de obras da Capital, Aurélio Remor. O crescimento desgovernado da população causa a necessidade do aumento das estradas. O engarrafamento é o motivo que mais acusa na necessidade do aterro, segundo Aurélio. “É quando você não consegue mais ter acesso aos locais que freqüenta, não acha espaço para estacionar, o que gera desconforto”, diz Aurélio.

A falta de acesso aos locais que ficam na região dos engarrafamentos provoca a queda da economia no local. As lojas começam a perder movimento, os serviços como escolas e postos de saúde perdem o fluxo de pessoas, que procuram outra alternativa. Além do número de acidentes crescerem com o trânsito, conta o secretário.

“O aterro da Beira Mar Norte também traz o apelo da população de convívio com o mar, a cultura açoriana colocava antigamente os fundos das casas para o mar, onde jogavam lixo e esgoto. O aterro trouxe a qualidade de vida. Antes não havia calçada, não dava para pescar e o trânsito começou a ficar obstruído”, afirma Aurélio.

O secretário de obras afirma que o conforto e segurança serão conseqências do aterro da Beira-mar Continental visa integrar quem está em Coqueiros, sem precisar entrar no trânsito do bairro Estreito. “Com a Beira Mar virá o conforto, a velocidade e a segurança. Tudo isso com o mar preservado. Hoje é mau cheiro, mas o aterro está sepultando o esgoto”, revela o engenheiro Aurélio Remor.

Aterro da Via Expressa Sul provocou acidente

João de Deus, biólogo e ambientalista, revela que no processo de aterro da Via Expressa Sul, houve um acidente no local onde as máquinas do aterro ficavam. Foi em 1996 na área das dunas da Praia do Sonho, em Palhoça/SC. O biólogo foi nomeado perito para acompanhar a recuperação ambiental da área afetada. João de Deus conta que numa maré cheia, ocorreu uma erosão do solo na descarga do navio de equipamentos pesados, e as máquinas – imensos tratores - caíram no lençol freático, que são acúmulos de água potável e ficam embaixo do solo.

O processo de aterro da Via Expressa Sul, com 4,6 quilomêtros de extensão, realizado entre 1996 e 2004, foi feito por uma empresa holandesa. A dragagem realizada utilizou uma série de equipamentos extremamente pesados. O navio com as máquinas não conseguiam entrar próximo a Ilha e paravam na ponta de Naufragados.

O acidente comprometeu seriamente o meio ambiente local. Em trechos da erosão, o buraco chegou a mais de 15 metros de profundidade. Todas as máquinas ainda estão embaixo, no fundo do mar até hoje. A empresa holandesa precisou fazer toda a dragagem para recompor a cobertura vegetal – restinga - das dunas da Praia do Sonho. “Esse tipo de acidente é um exemplo claro do risco que envolve uma obra desse porte como os aterros hidráulicos”, afirma João de Deus. O Ministério Público Estadual e a Fatma acompanharam todo o processo de recuperação da área afetada.

Desenvolvimento

Antes do aterro da Via Expressa Sul, o trânsito na Costeira, Avenida Jorge Lacerda, era diariamente congestionado. Para ir ao Centro, o morador do Sul da Ilha precisava enfrentar horas de trânsito e um percurso maior do que hoje é realizado na Via Expressa Sul. Segundo o secretário de obras, Aurélio Remor, o Sul da Ilha estava se desenvolvendo muito com as praias e o com aeroporto. Depois que o aeroporto se tornou internacional muitas pessoas perdiam vôos por causa dos congestionamentos na Costeira. “Eram filas intermináveis. Depois que o campo do Havaí foi para o Sul da Ilha piorou ainda mais o trânsito”, conta o secretário

06 novembro, 2006

Aterro hidraúlico é o mais utilizado na Ilha

Em Florianópolis, na parte insular, existem dois tipos de aterros: hidráulico e mecânico. O aterro hidráulico usa a água para levar a areia do fundo do mar como um aspirador de pó, que utiliza o ar para levar a poeira. A draga é um aspirador de água, que suga água e areia junto, lama, peixes e siris. No final da draga existe uma grande tubulação, onde será colocado o aterro, chamado de linha de terra. Os aterros hidráulicos da Ilha são os da Baía Sul e Via Expressa Sul. O único aterro mecânico foi a da Avenida Beira Mar Norte.

Segundo o Secretário de Obras e engenheiro Aurélio Remor, o processo de dragagem, utilizado no aterro hidráulico, é o tipo de aterro mais correto ambientalmente e que provoca menos impacto. Aurélio afirma que o primeiro motivo é porque o processo de dragagem pega o material (banco de areia) que está dentro d’água e coloca dentro d’água no local do aterro. Segundo porque se fosse pegar esse material de uma montanha (aterro mecânico), de um morro, por exemplo, que está no mínimo há 10 mil anos fora d’água com características físicas, químicas e biológicas totalmente diferentes, o choque ambiental seria maior. E terceiro porque dependendo do tamanho da draga, seria necessário utilizar em média de 30 caminhões para carregar essa areia, provocando imensos engarrafamentos e um corredor de barulhos, de poluição e que poderia até provocar atropelamentos.

Aurélio explica que uma draga funciona 24h e no caso do aterro hidráulico, não faz barulho, tem apenas três motores, o que polui menos, utiliza menor quantidade de óleo diesel e emite menos gases do que os 30 caminhões para se fazer um aterro mecânico, por exemplo.

No caso do aterro da Beira Mar Continental, que está em processo de construção, são utilizados mais de mil metros de tubos. A areia tem movimentos difusos e é lançada em várias camadas, como se fosse um bolo. O recheio técnico utilizado no aterro é uma tela de galinheiro de última geração, feita para dar mais força e deixa-la mais segura, evitando assim que a terra ceda e cause os buracos na bancada de areia.

Aterros da Ilha de Santa Catarina

Florianópolis possui hoje uma área de 433 quilômetros quadrados, sendo que cerca de 420 quilômetros pertencem à Ilha e os outros 12 quilômetros pertencem à parte continental da Capital, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Desses 433 Km, nove quilômetros foram ganhos com aterros. Uma realidade criada pelo crescente aumento populacional ao longo dos anos. Atualmente, 396 mil habitantes vivem em Florianópolis, sendo que em 1940, por exemplo, o contexto era bem diferente, apenas 46 mil pessoas moravam aqui.

No início da década de 80, 187 mil moradores já estavam na cidade. Com o crescimento, o tráfego urbano passou a ter novas exigências. As autoridades municipais e estaduais dos anos 70 iniciaram o aterro da Baía Sul. A extensão de seis quilômetros quadrados serviu depois de escoamento para os aterros das pontes Pedro Ivo e Colombo Salles, que dão acesso ao Continente, e para a construção da Avenida Beira-mar Norte.

O aumento dessas áreas na Ilha de Santa Catarina trouxe diversas modificações sócio-econômicas, físicas e ambientais. Hoje, por exemplo, o centro foi afastado definitivamente do mar. Exemplos desses locais da antiga Desterro são onde ficam hoje o Mercado Público e o Hospital de Caridade.

Na Ilha existem três grandes aterros: Baía Sul (centro e prainha), Beira-mar Norte e Via Expressa Sul, o mais recente e concluído em 2004. Está em construção atualmente o aterro da Beira Mar Continental, localizado no bairro Estreito, com 2,2 quilômetros de extensão.

Aterros causam grandes impactos ambientais

O homem não respeita o limite geográfico da Ilha

João de Deus Medeiros, ambientalista e coordenador da Federação das Entidades Ecologias Catarinenses (FEEC) diz que o maior exemplo de extrapolação de limites por conta da atividade humana é o desrespeito à limitação geográfica da Ilha. “Não estamos tratando apenas do impacto numa comunidade biótica (fauna e flora), de um modelo de urbanização, mas do limite geográfico. O aterro destrói e é lamentável”, desabafa o biólogo.
Para João de Deus, justificar do ponto de vista ético uma intervenção tão drástica como os aterros no meio ambiente, se a sociedade fosse mais crítica nesse aspecto, só admitiria esse tipo de impacto se realmente fosse comprovada uma situação de extrema relevância e absolutamente necessária. O que afirma não ser o caso.

25 outubro, 2006

Conquiste a sua rede!

“Conquiste a Rede” é a nova coleção para quem precisa compreender as ferramentas de transformação da mídia tradicional, que está sendo modificada pela própria sociedade. Os internautas interessados no crescimento de sua presença digital poderão explorar detalhes e dicas úteis de como conquistas espaço e escrever na mídia digital.

As novidades dos blogs, os videologs e fotologs (ferramentas de compartilhamento de vídeos e fotos pela rede), os podcasts (programas de rádio virtuais, feitos para serem ouvidos em qualquer lugar) e o chamado “jornalismo cidadão” fazem parte da coleção.

Os Blogs são páginas da internet atualizadas regularmente por uma pessoa ou um grupo. Temáticos ou não, eles podem trazer textos, imagens, áudios, vídeos, gráficos e quaisquer arquivos multimídia. A blogosfera, o conjunto de blogs na web, concretizou uma mudança profunda na comunicação ao transformar o cidadão comum em produtor de informações. Pessoas comuns tornam-se criadoras de obras, que ficam disponíveis a qualquer internauta. Tudo isso sem custos ou mediação .

O “Conquiste a Rede” é um convite para participar do processo de criação coletiva na internet. A contribuição de cada pessoa tem muito valor para a troca de conhecimento e os princípios de igualdade. Mais informações no http://www.overmundo.com.br/_banco/produtos/1158005454_conquiste_a_rede_blog.pdf

02 outubro, 2006

A Beleza da Ilha de Santa Catarina

Com 42 praias, Florianópolis encanta moradores e turistas de todo lugar. Porém, a degradação ambiental cresce a cada ano, a cada alta temporada. Hoje o turismo é uma das mais importantes atividades econômicas de Florianópolis. Na temporada de verão o fluxo de turistas aumenta fazendo com que o número de habitantes praticamente triplique.

Por isso, a importância de preservarmos Florianópolis. A consciência ambiental das pessoas que aqui vivem e as que pretendem um dia viver deve ser trabalhada com seriadade. A mídia precisa reservar o espaço imprencindível e necessário para alertar todos os cidadãos das graves conseqüências quando não conservamos a natureza.

Nem todos os cidadãos comuns sabe o que é crime ambiental. É onde a imprensa e o órgãos fiscalizadores devem entrar em ação para traduzir o universo que envolve a relação do homem com o meio ambiente, abordando temas como efeito estufa, desmatamento, poluição nas praias, o que é uma área de preservação permanete. Assim, estaremos poupando o futuro das próximas gerações e melhorando a qualidade de vida na Ilha da Magia!